A Cobiça
Porfiei a necessidade de permanecer lhe beijando
Entre confissões cegas de um desejo mundano
Tateando teu corpo nas brumas do meu anelo
Proveniente dos pensamentos mais perversos
Mantendo o primor de uma nostalgia a bisar
O que é, de fato, o único ardor que hei de carregar
Que não me permite submergir ao novo estado
Se o que carrego é a lembrança de um fardo
Do que és e o que somos nesta existência vazia,
Inebriante aos gostos mais apurados em melancolia
Repetindo o que apetece o corpo a fim de reviver
Este organismo já tão podre pela inércia do ser
Espezinhando minha moral e meu renome
Causando motim na fugaz presença de teu nome
Pois basta o mais singelo pormenor no mais efêmero viés
Que me traga um pedaço imensurável da reminiscência do és
Fazendo-me ser maçante em total essência vulgar
Por culpa de uma estável cobiça de querer te amar.
Sara Melyssa
http://saramelyssa.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário