terça-feira, 9 de setembro de 2014

Pão e Chocolate





Pão e Chocolate

Meu amor 
Teu amor
Pão e você
Pão e chocolate

Para se unir melhor
No doce calor do amor
Numa dose de luxuria
Pão e você

Suas mãos nas minhas 
Seu corpo no meu
Seu beijo só meu
Na dança do desejo

Para afogar-me em sua pele
Sabor pêssego 
Para beber de seus beijos
Teu sabor entre meus dedos

Suas mãos na minha face
Seus beijos intensos
Derretidos entre meus lábios
Sabor chocolate

Cubra-me com teu amor
Derreta sobre mim
Quero me embebedar
Com seu cheiro lascivo

Meu amor
Teu amor
Eu e você
Pão e chocolate

Unidos no supremo prazer
No doce licor da luxuria
Bêbados de prazer
Eu e você

Você em mim
Eu em você
Nossos corpos
Um para o outro

Para nos perdemos
Nesse sabor pêssego
Para nos apreciarmos
Enlouquecidos de amor

De mãos dadas
Nos amamos
Nos derretemos
Como chocolate

Meu amor 
Teu amor
Eu e você
Amor e chocolate

José Alberson




segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A Moça e o Lobo


A Moça e o Lobo

Segundo uma lenda
Que a noite contou para o tempo
Vivia em uma vila
Uma moça alegre e viva

Vivia a recitar poemas
Dançar, cantar e ler
Vivia a colher flores
Sempre linda, meiga e doce

Mas morava na floresta
Um lobo mal e feio
Feroz e sem piedade
Ele era a encarnação da maldade

Em uma noite qualquer
A moça saiu para buscar água
Sendo ela desastrada
Não percebeu o que se passava

O lobo a seguia
Para rápido come-la
A moça coitada
Não percebia nada

Com um rosnado
O lobo a assustou
Ela correu e chorou
Ele grunhiu e tombou

Ele não tinha percebido
Uma armadilha ali colocada
Agora chorava adoidado
Estava com a pata quebrada

A moça logo percebeu
E seu coração bondoso tremeu
E de joelhos cantou uma canção
Para ajudar o lobo ali no chão

Com suas pequenas mãos
Tocou seu farto pelo
O lobo queto
Não fez nada a respeito

Ela sorriu
E sua cabeça abaixou
E com seus lábios
O lobo beijou

E uma luz invadiu o lugar
A moça assustada
Começou a perguntar
-"O que é essa luz a brilhar?"

O lobo repentinamente 
Começou a se transformar
Em um jovem  bonito e alto
Começou a se tornar

-"Como isso aconteceu?"
A moça pois-se a perguntar
O jovem já formado
Começou a explicar

-"Sou um príncipe da montanha
E fui amaldiçoado
Por uma bruxa louca
Que morava em um lago"

-"Ela encontrou muita raiva
Dentro do meu coração
E decidiu me castigar
E estava assim desde então"

A moça escantada
Com a beleza desse moço
Ficou tão envergonhada
Que ficou corado seu rosto

Ele logo apaixonado
Não perdeu muito tempo
Foi logo ajoelhando
Pedindo ela em casamento

Os dois se abraçaram 
Com carinho genuíno
Foram andando de mãos dadas
Felizes pelo caminho

-"Qual o nome da moça?"
Você pode estar a se perguntar
Ah! Essa é outra historia
Que outro dia irei te contar

José Alberson




domingo, 7 de setembro de 2014

Poesia da Silva




Poesia da Silva

Meu pai não é poeta
Nem minha mãe é poetiza
Mas no meu coração frio
Brotou um pouco de poesia

É quando estou sozinho que ela vêm
Aconchegante e pequena
Olhos negros e pequena
Que dá vontade de apertar

E não importa se ela tem 
Segredos e dilemas
Sua voz sempre amena
Que dá vontade de sonhar

Minha mão não é de poeta
Nem sei conduzir a poesia
Mas no meu peito vazio
Ela cantou com alegria

E não importa se seu nome é Raquel
Ou Rapunzel
Quando ela vêm eu beijo o céu
Seus lábios são doces como o mel

Ela me dá a mão
Me acalma o coração
Lembra a mim mesmo
Coisas como amor e perdão

E a poesia
Vêm com seu jeito simples
E me cativa
Me alivia

Hoje ela sorriu pra mim
Para me lembrar do que vivi e perdi
E que tudo tem um começo
Que tudo tem seu fim

Amigos
Família
Amores
Enfim ...

Pode disser o que quiser
A poesia nasce onde quer
Nasceu em mim e eu nem queria
Agora vivo com ela

Sou seu aprendiz

José Alberson


Versos Amargos


Versos amargos

Então... é assim que acaba? 
Um abraço e um olhar...
Nenhuma gota de lágrima?

Uma porta se fecha 
Um sorriso se apaga
Uma luz pela fresta
Uma despedida amarga 

Ó, serpente cruel
Injetas teu veneno
E vais embora?
Me digeres por dentro
E me consolas por fora?

Ris da minha angústia?
Ris do meu lamento?
Bebes da minha dor
E brindas ao meu sofrimento?

Pois bem, por hoje hei de aceitar
O fracasso e a humilhação
Mas me conforta saber
Que será teu sangue de véu
O responsável por silenciar teu coração

Micael Rodrigues


Fada de Neon



Fada de Neon

Na floresta de pedra
Um santuário cinza
Onde a prata vale uma vida
Sente o cheiro de fumaça?

Ser macabro mora nela
Ser de varias mascaras
Suas mãos leves se seus pesares
Sempre possuem mistério

Sua carruagem de lata
Seu bardo toca guitarra
Sua bebida nunca basta
Sempre tem que ter uma poção magica

De dia 

Suor 
Calor

De noite

Sem restrição
Sem pudor

A vontade que tenho
É de fazer tudo queimar
Suas mascaras 
Seus mistérios

Você não vê uma fada de neon?
Dançando nua
Sua linguá não basta
Sempre tem que ter uma poção magica

Seria bom tela por uma noite
Seria bom tela por varias noites !!!
Se toque leve lascivo
Sempre leva ao delírio

De dia

Chora 
Dorme

De noite 

Geme
Ama

A vontade que tenho
É de faze-la queimar
Suas mãos
Seus gemidos

José Alberson





 

terça-feira, 3 de junho de 2014

Lobo





Lobo

E lá se foi ...
E como se foi não sei disser.

Anoiteceu, simplesmente esfriou e escureceu
Quando vai voltar?


O sol deixa um rastro no céu.
Um cheiro de saudade...

Eu mergulho na água fria.
Pra acordar, e esperar aquela lua vazia.

Até quando vai ali ficar?
Banhando a terra com essa luz fria.

Se um dia eu voltar a ver o amanhecer.
Não vou esperar o meio-dia 

Cansei de miragens ao tempo.
De pareceres e coisas do coração.

Vou tentar dormir.
Pra ver se assim anoitece mais rápido...

Não que não goste do dia.
Apenas sinto que a noite é o meu lugar ...

José Alberson

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Dourada













Dourada

Nessa dourada pele.
Descansa um sorriso.
Com um brilho dourado.
Um brilho infinito.

E por fim nasceu.
Como um sol de outono.
Numa tarde dourada.
Uma tarde para ser amada.

Sem explicação talvez ...
Deitei na grama e observei.
A majestade daquele olhar.
Aquele sorriso a me amarrar. 

O sol me encantou.
Não era pra menos.
A noite ... 
Ficou muito fria para se viver só.

Dourada como mel.
Será que tem o mesmo gosto?
Pele suave como um véu.
Só de vê-la subo ao céu ...

O puro brilho do seu olhar.
Parecem chamas a dançar.
Eu sei ...
Posso me queimar.

Posso até ficar cego.
Posso não ter explicação.
Mas posso provar.
Que ter te visto assim ...

...tão de perto não foi em vão.   

Posso até me machucar...
... ao te olhar.
Mas posso provar
Que vou tocar ...

... sim, seu coração eu vou tocar.

José Alberson