terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Simples






Simples

Simplesmente Ausente
É a mente fervente
Que esquece o presente
Pensando levemente
Num futuro irreverente

Muitíssimo Complicadíssimo
O ser humano é mesmo inflexível
Sempre dizendo o que quer
Nunca enxerga o que é mais visível

Loucamente coerente
Seria se estivesse contente
Pois a alegria me tornou doente
Colocando ao avesso minha mente

Essa alegria demente
Que envolve esse ser ausente
Ele parece impotente
Se não fosse tão gente

Corretíssimo
Isso parece lindo
Por isso
Anticonstitusionalissimamente
Parece tão difícil

Amor...
Palavras...
Velhas...
Garras...

Complicadíssimo
As palavras são mais que isso
Nos deixa em completo hipnotismo
Por mais simples que seja
Há um pingo de complicado nisso

Há sempre uma mente
Que desafia o incoerente
Buscando complicadas respostas
Para quem esta somente batendo na porta

Mas, há coisas que são muito simples de fazer
Fazemos sem ser notados
É muito, muito fácil
Tornar o simples
Complicado

José Alberson

Naliny Milena - O que se esconde no escuro dos seus pés?



O que se esconde no escuro dos seus pés?

Te vejo errando,
seus passos arrastados.
O medo te invade
mas sem te ferir.
Seu medo fere aos outros,
isso é não saber errar.
Mais uma torção,
foi seu abanto mais uma vez...

Seus pés caminham onde não se pode andar,
eles vão querer um novo contato.
Não existe sorte.
E para sorte sua,
nem azar.

Onde você já passou,
seus pés não podem voltar.
De que adianta ter um bom figurino,
se o roteiro nada promete?

E quem irá abrir as cortinas?
Quando os olhos ardem,
não pisque tão lentamente,
seus pés podem se enganar...

Ouça o som do tambor,
eles te convidam a dançar,
cuidado, seus pés estão ocupados,
dançando e errando, você vai se atrapalhar.

Seus passos são lentos e avantajados,
desculpe, mas não posso te acompanhar.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Azul




Azul

Hoje abri a janela...
E deixei o azul do céu 
Entrar para me fazer companhia
E invadir meu coração...


Está tudo azul aqui morena...
Sem maldade deixe a chuva te molhar...
Seu corpo com tinta azul...
E me deixe sufocar no seu perfume azul...


Esse azul que grita solidão...
Nada mais...
Esse azul que sussurra solidão...
Nada mais...


Deixe tudo ficar frio morena...
Para eu não ter motivo de voltar...
Deixe tudo se afundar em duvida...
Para eu apenas mergulhar sem rumo...


Nesse azul sem expressão...
Sem dimensão ou profundidade...
Esse azul vazio...
Complexadamente sem nada...


Onde me deixo levar...
Sem intenção...
Com as mãos abertas e livres...
Respiro a vontade...


Esse azul saudade...

José Alberson

domingo, 22 de dezembro de 2013

Flor de Layla


Flor de Layla

Dança e sorri
No escuro, brinca
Essa flor bela
Com humor brilha

Atrai a muitos
Essa flor travessa
Flor que se colocar no céu
Se torna uma estrela

A lua com curiosidade
Sai comentando
"Uma estrela caiu do céu
E ainda está brilhando!"

A lua com cuidado
A pega na mão
Mas a flor reclama
Meu lugar não é aqui
Meu lugar é no chão!

Sou filha de uma estrela
Que veio passear na terra
Ela pediu para me decidir....
E eu preferi ficar na floresta

E aqui é meu lugar
Aonde me sinto feliz
E tenho quase certeza
Muitas estrelas querem
Fazer o que fiz....

Então a lua lá de cima viu
Uma menina triste...
Mas menina mais linda,
Na terra não existe!!!

E a lua pergunta para menina
Por que você está assim?
E ela responde
Perdi a flor do meu vestido de cetim...

E a lua mostrou a flor brilhante
E logo a flor simpatizou-se com a menina
E as duas dançaram...
Uma dança que a qualquer um fascina...

A lua perguntou
Qual o teu nome Bela criança?
É Layla, Dona Lua...
Posso ficar com ela?
O sorriso que a lua deu,
Encheu seu coração de esperança...

A lua logo perguntou:
Quer ficar com ela, flor?
A flor logo exclamou:
Sim!!!Pois nunca senti tal amor!!!!

Então se chamarás Flor de Layla
E é assim que minha história
Aluada se acaba...

José alberson

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Dreams



Dreams

Um sonho
Em azul
Com cor
Veloz sombra de tudo

Um sonho
Em terra
Com fulgor
Corriqueiro sem pressa

Nas sombras
Havia um sonho
Que sangrava
Alegria e simpatia

Um mar
Mar de diamante
Sem sombra
Só reflexos

Um par
De mil
De milhares
De reflexos

Sem sombra
De dor e instancia
Ligeira lembrança
Da taça e da lança

Um palavra
Amarga
Pulsante
Marca

Dreams
Sonhos
Cheirando a puro
Cheirando a prata

José Alberson 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Vida Simples



Vida Simples

Gosto de ler sorrisos.
Me sinto bem em ver caminhos. 
Infinitos ... 

Musica me faz bem. 
Gosto de conversar sozinho. 
Dentro de um trem ... 

E comer bolo. 
Bem fofo e quente. 
Como você consegue ler minha mente? 

Amo estar sozinho. 
Com um café ... 
E um livro ... 

Viva a vida simples. 
Sem luxo, sem fetiche 
Viva a vida simples !!! 

José Alberson

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Água Vermelha



Água Vermelha

Água no deserto
Água salgada
Água sem rumo
Água com lagrimas

As crianças são fontes disso
Do sofrimento inocente
Da dor que aos adultos
É lacerante e comovente

Água no deserto
Água pulsante
Água na areia
Água com sangue

Os homens são fontes disso
Das balas e das bombas
Que abrem poços em nossos corpos
Que descansam sem direto de sombra

Querem que se calem?

Essas vozes que cantam no deserto?
Esses sussurros exalam morte e indignação
São dois deuses
São duas fases

O que as janelas me mostram?
Um infante feliz em meio a destruição!
Por que não me mostram as águas!
Escorrendo dos olhos e dos corpos!

Por que não me mostram os cânticos?
De fúria e dor
Por que não mostram o corpo tombado?
Do pai ou da mãe

Água na areia
Pulsante
Nauseante
Vermelha

José Alberson

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Impacto



Impacto

Quando você vêm...
Ou apenas passa em meus pensamentos...
Arrasa ceús...
Destroi estrelas...

E não sei por que insisto em pensar em você...
Pois toda vez que penso é catastrofico...
Destroi tudo o que tenho e o que penso em ter...
Minha mente não aceitou sua ida...

E faria tudo pra te esquecer...
Para deixar você em paz...
Para apagar tudo que deu de errado...
Por favor saia de mim...

Deixe meu mundo em paz...
Esta muito melhor assim...
Não pertube minha paz...
Já que a achei tão longe de você...

A culpa não é sua...
É minha...
Pois sou eu que assendo o pavio..
Pois sou eu que puxo o gatilho...

E nesse momento ocorre o impacto!
Desmancha a realidade...
E me envia para a ilusão...
Me envia para uma colisão sem limites...

José Alberson

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Doce



Doce

Hoje andei sozinho
Mas me senti acompanhado
Por palavras doces
De um garoto apaixonado

As coisas mudaram não é?
E quem disse que seria ao contrario?
O importante é que não consigo esquecer
O quão bonito era ver você escrever

Onde tudo seria possível
A morte não separaria o amor
E a solidão é apenas um caminho
Que seguimos para encontrar algo melhor

Sim, o amor é um doce
Que você faz ficar atraente
Desejável aos olhos
Desejável ao paladar

Um sonho nunca morre
Uma verdadeira amizade não se esquece

José alberson

Amor



Amor

Esta chovendo agora meu amor.
Vou deixar você se molhar
Para te ver brincando meu amor
Para te ver dançar

Quero-te ver pisando
Na areia macia
Quero-te ver dançando
Enquanto a chuva ganha vida

Amor,
Não me deixe aqui sozinho
Esta chovendo, mas está tão lindo
A chuva e te ver sorrindo

Corre comigo meu amor
Na estrada da liberdade
Onde encontraremos cor
E felicidade

Esta chovendo agora meu amor
Então vou me molhar
Para brincarmos juntos
Para te ver sonhar

Vamos cair juntos
Rolando na areia macia
Vamos seguir dançando
Até raiar o outro dia

Não,
Não quero ir embora
Esta chovendo tão bonito
Faz lembrar o quão lindo é o seu sorriso

Vamos comigo, meu amor.
Na estrada sem maldade
Onde encontraremos calma
E não haverá saudade

Me dá a sua mão
Vamos dançar de novo
Uma dança sem canção
Uma dança de coração

Uma dança de quatro letras
Com um doce sabor
Sabor intenso e com calor
Sem tristeza ou solidão



Ah, meu amor
Dança comigo essa canção
Nessa chuva de verão
Que o mar canta com vigor

Essa dança tão suave
A dança do amor

José Alberson

Alegria



Alegria

Quando você não esta aqui
O céu fica sem estrelas
O mar perde os corais
E o pão perde a manteiga

E se estou na multidão
Sinto-me sozinho
E se mostro um sorriso
No fundo estou vazio

Mas quando você chega
É puro impacto
O seu olhar no meu
Muda a rotação, muda o rumo...

As estrelas dançam no céu
E brilham mil vezes mais...
O mar namora a lua
E revive a cor dos corais

E não me importa
Se como pão namultidão
Tudo fica vivo e alegre
Os morangos sorriem

E tudo em mim se pergunta
“Quem é essa menina que ri?”
O coração bate mais forte...
“Ela vai me fazer feliz?”

Não me importa o que ela faz
Nem tão pouco o que fazia
Bater forte eu sei que vai!
Meu coração com alegria!

José Alberson

4:20

 

4:20

Perdi o controle
É inevitável
Essa áurea me puxa
A uma aventura sem pecado

Com sentimentos reais
Sem dor e sem limite
Girando e se expandindo
Dentro da minha cabeça

Como uma revolução
De fora pra dentro
Mudando a textura
Mudando espaço e tempo

Mexe com os nervos
A pele e os pelos
Tira lágrimas de um deserto
Nessa noite que se mistura

Como tintas coloridas
A o som de varias flautas
Tocando alegre
E intensamente

Na velocidade do som
Deixo de ser eu
Passo a ter vibrações
Imóveis e coloridas

Dentro de uma alma
Preenchida de som
Nada para
Tudo gira

Com a beleza do fogo
Com a calma da fúria
Com o silencio do beijo
Com o ranger do medo

Tudo mexe
Em harmonia
Em ritmo
Em musica

Fazendo dançar
Como um universo
Luminoso
Um eterno nascimento

E pra que controlar isso?
Não vou me conter
Vou deixar ser levado
Por esse ritmo

E nesse momento
Magico e místico
Não enxergo mentiras
Solidão ou tristeza

É como se tudo explodisse
Em cores e luz
E girasse entorno do céu
Fazendo tudo virar uma brincadeira

E quando tudo acaba
Termina com o silêncio
E no coração
O gosto de menta

Energizando a alma
Você repete
E mais uma vez tudo
Gira...

José Alberson

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Listrado





Listrado

Olha só que vêm ali!
Correndo sobre o telhado
É um gato muito malandro
É o gato Listrado

Listrado tem um bigode enorme
Pernas grandes e um tremendo barrigão
Mas é tranquilo e preguiçoso
Não gosta de briga nem confusão

Tem medo de água
E também de injeção
Todo mundo da vila sabe
Listrado é um medrosão

Listrado adora peixe
Pra ele é melhor que ração
Por isso em dia de feira
Fica rodando a barraca do seu Gibão

Mas não adianta
Coitado do Listrado
Tudo acontece com ele
Pois é um tremendo azarado

Em dia de feira
Seu Gibão fica ligado
“Hoje eu pego aquele gato!”
Gritava ele muito bravo

Mas Listrado não era bobo
Ficava esperando sentado
“Seu Gibão depois do almoço tira um cochilo”
“Nessa hora eu posso pegar meu peixe sossegado”

Mas não é que é verdade
Depois do almoço
Seu Gibão não aguentou o sono
E foi logo puxar um ronco

E Listrado foi de leve
Pegou o peixe feliz da vida
Mas como sempre acontece alguma coisa
Que consegue estragar seu dia

Passava bem na hora
A cachorra Bebel
Viu Listrado
E latiu pra dedéu

Seu Gibão acordou assustado
E logo viu Listrado
Que correu tão rápido
Que até deixou o peixe de lado

Bebel a cachorra
Correu atrás de Listrado
Listrado apavorado
Se escondeu dentro de um vazo

Dentro do vazo tinha um rato
Listrado ficou feliz da vida
“Oba aqui tem comida!”
Mas engraçado o rato não se movia

Mas Listrado guloso
Já foi colocando o rato na boca
Tinha gosto de borracha
“Que rato com gosto estranho poxa!”

Mas Listrado percebeu
“Esse rato é de brinquedo!”
“Vou continuar com fome”
Para seu desespero

Foi pra casa correndo
Ver se tinha ração
Para sua alegria encontrou a vasilha cheia
Tão cheia que tinha até pelo chão

“Se não tem peixe nem rato!”
“O melhor é comer ração”
Disse com água na boca
Rindo de montão

Agora lá vem ele
Correndo pelos telhados
Muito feliz e contente
E de barriga cheia lá vem Listrado

José Alberson 









Lua



Lua

Eu disse ...
Meu sonho é chegar a lua...
Saber se ela é de queixo derretido...
Ou de pedra fria...

Eu queria ver de perto....
E sorrir sem esperar que ela retribua...
Meu espelho esta quebrado...
Não me vejo...

Se parte de mim esta nela...
Então posso me esboçar dessa parte...
Não ser o que era
Mas melhorar o que já foi

Sei que estas me vendo

Tenho sonhos frios...
E quando sera que eles se aqueceram?
Quando for noite talvez
Quando não for lua nova

José Alberson

Noite



Noite

Os espelhos me mostram virtudes
Silencio
Paciência
Os espelhos me mostram virtudes

Os olhos me mostram covardia
Correr
Fugir
Os olhos me mostram covardia

Não me espere para jantar
O problema não é você
Eu queria que não fosse assim
Hoje não existirá nossa noite

A noite será só sua
Eu sei
A noite será só minha
Eu sei

Os olhos me sussurram isso
Que você ia correr
Que você ia fugir
Os olhos me sussurram isso

A noite será só minha
Será sempre
A noite será só minha
Será sempre

Com as estrelas
Com a lua
Com a brisa
Com as rosas

Sorriso
Olhar
Cabelo
Pele

Quando voltei...
O que encontrei?
Encontrei a noite
Que sempre será minha

E nada mais


José Alberson

Rosa de Aço





Rosa de Aço

Essa couraça
De ódio e amargura
Transformaram esse coração
Em aço frio, gélido e bruto.

Lamina banhada em dor
Tudo destrói
Flores e lírios
Rosas e espinhos 

Se um dia a luz pudesse entrar de novo
Na brecha da sua janela
Aqueceria o aço
E assim poderia brotar algo


Um sonho talvez
De ver o bem reinar
O sonho de ser amada
O sonho de se levantar


Voltaria a ver a luz do sol
Seria consolada pela luz
E assim poderia se tornar forte
Grandiosa e bela


Provaria que tem sua beleza
E teria em suas mãos a justiça
Abandonaria o frio 
Abandonaria a vingança


Deixaria o pesadelo para lá
E seguiria sua jornada
Entre as montanhas
E os vales


E quando as duras lutas
Batessem a porta
Já teria crescido
Já seria uma guerreira


Que não se abalaria
Que não se quebraria
Que não descansaria
Que apenas lutaria


Já seria experiente
E faria seu dever com bravura
E com certeza seria vitoriosa
Por que aprendeu a se levantar


Deixe a luz entrar
Ela saberá o que fazer
Para cada um 
Ela age de um jeito


Ela ira purificar
Tirara a dor e o cansaço
Ira transformar você
Em uma rosa de aço

José Alberson