sexta-feira, 4 de abril de 2014

Dourada













Dourada

Nessa dourada pele.
Descansa um sorriso.
Com um brilho dourado.
Um brilho infinito.

E por fim nasceu.
Como um sol de outono.
Numa tarde dourada.
Uma tarde para ser amada.

Sem explicação talvez ...
Deitei na grama e observei.
A majestade daquele olhar.
Aquele sorriso a me amarrar. 

O sol me encantou.
Não era pra menos.
A noite ... 
Ficou muito fria para se viver só.

Dourada como mel.
Será que tem o mesmo gosto?
Pele suave como um véu.
Só de vê-la subo ao céu ...

O puro brilho do seu olhar.
Parecem chamas a dançar.
Eu sei ...
Posso me queimar.

Posso até ficar cego.
Posso não ter explicação.
Mas posso provar.
Que ter te visto assim ...

...tão de perto não foi em vão.   

Posso até me machucar...
... ao te olhar.
Mas posso provar
Que vou tocar ...

... sim, seu coração eu vou tocar.

José Alberson

Não me fale das estrelas



Não me fale das estrelas

Não me fale de estrelas
Não hoje
Não me fale das fantasias
São alheias

Fantasias ...

Que me bebem
Gota por gota
Em um sussurro
De desonra

Não vou estar aqui
Vou atrás das sombras
Só hoje
Apenas hoje

Para poder dormir
Em silêncio
Mutuo
Profundo

Então ...

Não me fale de estrelas
Não agora
Não me fale dos sonhos

São seus

Que me cegam
Me deixam sem rumo
Nu no mundo 
Em desonra

Hoje não vou estar aqui
Vou atrás da penumbra
Só hoje 
Apenas hoje

Para poder deitar
Em silencio
Puro
Profundo

Então, só hoje ...
... não me fale de estrelas!

José Alberson