terça-feira, 24 de setembro de 2013

Na escura e fina noite - Carolina Martins





Na escura e fina noite

Pequena ela vai,
Corre em descida ao final de sua vida.
Desce em direção ao inevitável, e termina assim
Espalhada, caída, esquecida e destruída.
Na escura e fina noite ela escolhe seu destino.

Ela traça a sua vida.

Ela corre da mesmice de ser, de ter de estar.
Na beleza da sua dor ela escorrega cada vez mais na sombra do esconderijo.
Ela fenece ao desejo, ela anseia por mais.
Como corrente fria na pele quente, ela rasteja em torno de si mesma, 
E se modifica ao longo da vida, breve vida.

Cada peso que carrega sai um pôr outro. 

E de deixa, e se leva. 
Ela é como a beleza da sétima arte.
Ela é como a delicadeza da inocência.
Ela e como a beleza da virgem, ela simplesmente é!
Ela esta ali, sempre.

Ela sempre esteve, esperando, contando, guardando pra si as coisas, os atos e os outros.


Ela espera, o tempo necessário de estar em liberdade,
 sua ultima viagem que corre do coração direto a superfície.
 Que estende em seu caminho sua historia.
 E antes a tão escondida lagrima se é conhecida,
 e dolorida ela morre, na doçura amarga dos lábios de quem lamenta,

 De quem descrente se derrama na mais sublime arte de ser,
 De se mostrar tal como é!

Carolina Martins

Um comentário:

  1. Amei carol...parece que foi pra mim essa poesia..vou imprimir pra por no meu caderno..bjs

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